"A Sérvia aceitou uma proposta de compromisso da União Europeia (UE). [O primeiro-ministro kosovar, Albin] Kurti não queria aceitá-la e a reunião terminou", disse Vucic em declarações à imprensa sérvia a partir de Bruxelas, sem fornecer mais pormenores.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, e o mediador comunitário para o diálogo entre o Kosovo e a Sérvia, Miroslav Lajcak, reuniram-se com Vucic e Kurti com o objetivo de eliminar as tensões e aplicar os acordos de normalização alcançados em março passado, com o apoio dos Estados Unidos.
Vucic explicou que "a questão de fundo" é que Kurti se nega a formar uma associação dos municípios de maioria sérvia no Kosovo, uma forma de autonomia para a população sérvia, minoritária no território, acordada há dez anos.
Também acusou Kurti de uma constante escalada e de um grande aumento de incidentes e episódios de intimidação contra a população sérvia.
"A minha posição é que a paz é do maior interesse tanto dos sérvios como dos albaneses e que é algo com que ninguém deve brincar", sustentou.
As tensões no norte do Kosovo persistem desde finais de maio devido à recusa dos sérvio-kosovares de aceitar presidentes de câmara da maioria albano-kosovar nos quatro municípios nortenhos habitados por sérvios, que boicotaram as eleições autárquicas de abril.
A UE instou Pristina a tomar medidas para reduzir as tensões, como retirar a polícia especial das câmaras municipais e organizar novas eleições naquela zona.
A antiga província sérvia do Kosovo, de maioria albanesa, proclamou em 2008 a independência, que a Sérvia não reconhece.
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