Veiko Kommusaar, presidente do Departamento de Gestão de Fronteiras da Polícia Nacional da Estónia, disse à agência noticiosa espanhola EFE que a polícia estoniana está a organizar o envio de uma unidade "de uma ou duas dúzias de agentes".
Na Lituânia, Lina Laurinaityte-Grigiene, presidente do departamento de comunicação do Serviço Estatal de Guarda de Fronteiras (SBGS), disse que 17 guardas lituanos partiram quarta-feira para a Letónia.
"Esta ajuda é organizada por iniciativa do SBGS lituano na fronteira da vizinha Letónia com a Bielorrússia, onde a situação da migração ilegal tem sido particularmente difícil ultimamente", disse Laurinaityte-Grigiene num email enviado à EFE.
A previsão, prosseguiu, é de que permaneçam na fronteira durante pelo menos duas semanas e que depois a decisão seja reavaliada em função da situação, disse.
A guarda fronteira letã indicou hoje ter conseguido impedir quinta-feira 124 tentativas de passagem não autorizada da fronteira, menos 15 do que no dia anterior.
Até quinta-feira, e desde o início do ano, 8.292 pessoas foram rechaçadas na fronteira, enquanto 329 foram admitidas no país por razões humanitárias.
Com a opinião pública na Letónia presa às tentativas de formação de um novo governo, a necessidade de aceitar a ajuda dos países vizinhos na fronteira passou em grande parte despercebida.
Os analistas políticos argumentam que a chegada de um grande número de migrantes da Bielorrússia desde 2021 se deve a uma estratégia de "guerra híbrida" do Governo de Minsk para desestabilizar os países vizinhos com um grande número de potenciais requerentes de asilo.
Nesse ano, milhares de cidadãos do Médio Oriente e de África conseguiram entrar na Lituânia, enquanto na fronteira bielorrusso-polaca se registaram confrontos entre migrantes e a polícia e dezenas morreram de frio nas florestas.
Leia Também: "Caça às bruxas". Kaja Kallas culpa oposição por polémica com o marido