O encontro, nos últimos dois dias, aconteceu na ilha de Malta, revelou a Casa Branca em comunicado, dizendo que Jake Sullivan, conselheiro do Presidente Joe Biden, e o ministro chinês, Wang Yi, tiveram "discussões francas, substantivas e construtivas", num momento em que as duas maiores economias do mundo tentam "manter linhas de comunicação abertas".
Sullivan e Wang discutiram a relação entre os dois países, questões de segurança global e regional, a guerra da Rússia na Ucrânia e a questão do Estreito de Taiwan, detalhou.
"Os Estados Unidos observaram a importância da paz e da estabilidade no estreito de Taiwan. As duas partes comprometeram-se a manter este canal estratégico de comunicação e a prosseguir um envolvimento e consultas adicionais de alto nível em áreas-chave entre os Estados Unidos e a República Popular da China nos próximos meses", de acordo com o comunicado.
Washington e Pequim são concorrentes, apesar de uma extensa parceria comercial, e a relação está cheia de pressões com episódios como o derrube, por forças norte-americanas, de um "balão espião chinês" no início deste ano, a intrusão pelo governo chinês nos e-mails da secretária de Comércio dos Estados Unidos, ou a restrição por Washington à exportação para a China de 'chips' avançados de computadores.
O Presidente Joe Biden conversou recentemente com o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, quando estiveram na Índia na cimeira do Grupo dos 20, e disse que falaram sobre "estabilidade" e "não foi nada conflituoso".
Biden tem trabalhado para fortalecer as relações com o Japão, Coreia do Sul, Índia, Vietname e outros países para contrabalançar a influência da China na região do Pacífico.
Em declarações à imprensa no domingo passado, Biden disse que essas alianças não são sobre uma "guerra fria" com a China.
"Não se trata de conter a China", afirmou, "trata-se de ter uma base estável" para o crescimento económico global.
Sullivan também se reuniu com o primeiro-ministro de Malta, Robert Abela, e falaram sobre o papel da região do Mediterrâneo em ajudar a fornecer a "paz e segurança globais", de acordo com um comunicado do governo maltês.
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