Minas matam 4 polícias do Azerbaijão e dois civis em Nagorno-Karabakh

A explosão de minas matou hoje quatro polícias do Azerbaijão e dois civis em Nagorno-Karabakh, anunciaram os serviços de segurança azeris, que atribuíram a responsabilidade pelas mortes a separatistas arménios.

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© Celestino Arce/NurPhoto via Getty Images

Lusa
19/09/2023 10:53 ‧ 19/09/2023 por Lusa

Mundo

Nagorno-Karabakh

As seis pessoas morreram quando os veículos em que viajavam foram atingidos por minas numa estrada entre Shusha e Fizuli, duas cidades de Nagorno-Karabakh sob controlo do Azerbaijão, informaram os serviços de segurança azeris.

Os polícias foram mortos num túnel do distrito de Khojavend, quando se dirigiam para o local da explosão de uma mina antitanque que tinha atingido pouco antes o veículo dos dois civis na mesma zona.

Os dois civis eram funcionários da Agência de Estradas do Azerbaijão, disseram os serviços de segurança de Baku, citados pela agência francesa AFP.

Os serviços de segurança do Azerbaijão acusaram sabotadores separatistas arménios de terem colocado as minas.

Nagorno-Karabakh, uma região montanhosa do Azerbaijão de maioria arménia, declarou a independência de Baku na sequência da desintegração da União Soviética, em 1991.

A declaração da independência, apoia pela Arménia, desencadeou um conflito armado que foi ganho pelos separatistas.

Trinta anos mais tarde, no outono de 2020, as forças armadas do Azerbaijão reconquistaram dois terços do território, situado no sul do Cáucaso.

Os incidentes de hoje ocorrem numa altura em que foi dado um passo no sentido de aliviar as tensões em Nagorno-Karabakh, com a chegada de ajuda humanitária à região secessionista.

A Arménia acusa o Azerbaijão de ter provocado uma crise em Nagorno-Karabakh ao bloquear o corredor de Latchine, no final de 2022.

O corredor de Latchine é a única estrada entre a Arménia e o enclave montanhoso, onde estão destacadas forças de manutenção da paz russas.

O Azerbaijão nega as acusações arménias.

A crise em curso e o destacamento de forças armadas de Baku para as proximidades de Nagorno-Karabakh e ao longo da fronteira com a Arménia suscitaram o receio de um novo conflito.

Leia Também: Primeira ajuda humanitária chega a Nagorno-Karabakh após bloqueio

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