O helicóptero sobrevoou Pont Saint-Ludovic e Ponte San Luigi, respetivamente, do lado francês e italiano da fronteira, que é um ponto de passagem popular de migrantes e refugiados que transitam pela Itália a caminho de países mais a norte.
Os controlos também terão sido reforçados nos serviços ferroviários entre Ventimiglia e Nice e nos comboios que circulam entre Ventimiglia e Cuneo e entre Breil e Nice.
O ministro do Interior francês visitou na segunda-feira a Itália para debater uma forma de ajudar o Governo deste país a controlar a fronteira e evitar a avalanche de migrantes que chegam a Lampedusa.
Gérald Darmanin explicou que a cooperação visa cumprir o acordo europeu sobre migração de junho passado, que prevê uma ação conjunta para reduzir o fluxo de migrantes da margem sul do Mediterrâneo e uma análise dos pedidos de asilo.
O ministro reiterou a ideia de que França vai "ajudar Itália a controlar a sua fronteira para impedir a chegada de pessoas", por um lado, e manter aqueles que entram clandestinamente na fronteira enquanto o seu caso é examinado, para determinar se têm direito a asilo.
"Quando tal não acontece o objetivo é expulsá-los rapidamente para os seus países. Só os acolheremos se respeitarem as regras de asilo, ou seja, se forem perseguidos. Mas se for simplesmente imigração irregular, França não pode acolhê-los, nem outros países", sublinhou o ministro, quando questionado sobre as pessoas que chegaram nos últimos dias a Lampedusa.
O ministro garantiu que das cerca de 10.000 pessoas que chegaram à ilha italiana de Lampedusa nos últimos dias "muitas não sofrem perseguições políticas e, portanto, devem ser expulsas".
Cerca de 130 mil migrantes desembarcaram em Itália desde o início deste ano, mais do dobro do número de chegadas registado no mesmo período no ano passado (68 mil) e o triplo em comparação com 2021 (43 mil), de acordo com os dados do Ministério do Interior italiano.
A presidente da Comissão Europeia, Úrsula Von der Leyen, visitou Lampedusa no domingo, em conjunto com a primeira-ministra italiana, e apresentou um plano de ação para a ilha italiana que admite uma nova missão naval da União Europeia no Mediterrâneo.
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