"Não podemos comentar porque estamos a avaliar a situação e precisamos de decidir sobre como proceder", disse, no 'briefing' diário do executivo comunitário, a porta-voz com a pasta do Comércio Miriam Garcia Ferrer.
A porta-voz adiantou ainda que Bruxelas tem conhecimento da queixa apresentada pela Ucrânia junto da Organização Mundial do Comércio (OMC) e das cartas enviadas à Polónia, Hungria e Eslováquia, na sequência do bloqueio à entrada de cereais como trigo, milho, sementes de colza e girassol decidido pelos três países da União Europeia (UE).
Na segunda-feira, a questão foi debatida na reunião da plataforma de coordenação da Comissão Europeia sobre a questão dos cereais, sede em que deverá continuar a ser analisado, salientou ainda a porta-voz. Comunitária.
Na sexta-feira, o executivo comunitário anunciou o fim da proibição imposta por cinco Estados-membros da UE à passagem de cereais ucranianos para proteger os seus agricultores, com Kiev a comprometer-se a controlar o fluxo para países vizinho.
Porém, minutos depois, a Hungria e a Polónia divulgaram ter decidido prolongar, de forma unilateral, a proibição de importar cereais ucranianos, desafiando a Comissão Europeia. A estes países juntou-se depois a Eslováquia.
O bloqueio russo à exportação de cereais ucranianos levou a UE a abrir corredores especiais, sem taxas alfandegárias, para ajudar a economia do país invadido por Moscovo, tendo previsto exceções para cinco Estados-membros, que foram levantadas na sexta-feira e que três decidiram voltar a aplicar.
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