Cabo Verde defende união entre países para intercetar crimes financeiros

Cabo Verde defendeu hoje que as autoridades financeiras de diferentes países trabalhem em conjunto para intercetar crimes financeiros, realizados com meios cada vez mais sofisticados.

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Lusa
20/09/2023 22:43 ‧ 20/09/2023 por Lusa

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Cabo Verde

"Apelamos ao Fórum das Administrações Fiscais da África Ocidental (WATAF, sigla inglesa) a zelar pela procura de novas ferramentas para melhor compreender o crime financeiro cada vez mais sofisticado", defendeu Adalgisa Vaz, secretária de Estado do Fomento Empresarial.

A governante falava na abertura da 19.ª Assembleia Geral do WATAF e 5.º Diálogo Político de Alto Nível desta organização, a decorrer até sexta-feira, na Praia, encontros promovidos pela WATAF e pela Direção Nacional de Receitas do Estado (DNRE) de Cabo Verde, enquanto administração anfitriã.

Adalgisa Vaz disse que deve ser privilegiada "uma resposta coordenada à questão dos fluxos financeiros ilícitos e da evasão fiscal".

Segundo a governante, essa resposta dos membros do WATAF deve estar baseada "num pacto para a transparência, em colaboração com o poder local, os governos centrais, parlamento, atores da sociedade civil, ONGs, instituições financeiras nacionais e internacionais e parceiros de desenvolvimento".

A secretária de Estado do Fomento Empresarial de Cabo Verde destacou ainda "avanços significativos na agenda de transparência fiscal em África", contabilizando a mobilização de cerca de 1,7 mil milhões de euros, desde 2009, graças à implementação de diversas normas.

Cabo Verde é membro do WATAF desde 2015, e tem vindo a beneficiar de várias formações técnicas sobre inspeção tributária, preços de transferência, avaliação de riscos, relações fiscais internacionais, entre outras matérias.

O WATAF é um órgão fiscal internacional, fundado a 12 de setembro de 2011, em Abuja, Nigéria, que reúne os 15 estados-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços das administrações fiscais e das suas autoridades.

Leia Também: Cabo Verde tem 2.100 reclusos, mais 34% que em 2018

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