"Precisamos de prevenir tudo aquilo que pode trazer conflitos dentro destas eleições, criar condições para que haja paz e melhor inclusão", declarou Carlos Matsinhe, durante uma mesa-redonda que debateu o código de conduta eleitoral dos partidos políticos, hoje, em Maputo.
Para Matsinhe, as forças políticas que vão disputar as eleições para as 65 autarquias moçambicanas devem evitar o "discurso de ódio" e a Polícia da República de Moçambique desempenha um papel fundamental em todo o processo.
"A Polícia da República de Moçambique tem um papel preponderante na sociedade e, em particular, no decurso do processo eleitoral, pois contribui de forma direta na criação de um ambiente tranquilo, pacífico e ordeiro, devendo, na sua atuação, adotar princípios de imparcialidade e igualdade de tratamento e oportunidade entre os diversos atores", acrescentou o presidente da CNE.
Mais de 11.500 candidatos, de 11 partidos políticos, três coligações de partidos e oito grupos de cidadãos foram admitidos pela CNE às autárquicas de outubro, para as quais estão inscritos mais de 8,7 milhões de eleitores moçambicanos, abaixo da projeção inicial, de 9,8 milhões de votantes.
Os eleitores moçambicanos vão escolher 65 novos autarcas, incluindo em 12 novas autarquias, que se juntam às 53 já existentes.
Nas eleições autárquicas de 2018, a Frelimo venceu em 44 das 53 autarquias e a oposição em apenas nove - a Renamo em oito e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) em uma.
Leia Também: Presidente de Moçambique em Washington para assinar acordo de 500 milhões