Publicação de Taylor Swift leva mais de 35 mil pessoas a recensearem-se

Nos EUA, o recenseamento não é automático. A cantora tem-se tornado mais politicamente ativa nos últimos anos e o seu alcance motivou uma corrida ao registo eleitoral.

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Notícias ao Minuto
22/09/2023 10:42 ‧ 22/09/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Taylor Swift

O impacto de Taylor Swift na sociedade é inquestionável: a cantora, os seus concertos e a corrida aos bilhetes já gerou leis no Brasil, um sismo em Seattle, cursos universitários e alterações nas estreias de filmes. Mas, nos últimos anos, a cantora tem assumida uma influência cada vez mais preponderante na vida política norte-americana.

Na terça-feira, Swift publicou uma 'story' no Instagram, para os seus 272 milhões de seguidores nessa rede social, a marcar o Dia de Registo Nacional de Voto, pedindo que os norte-americanos se recenseassem para votar e dirigindo-os para o site Vote.org, uma organização não-governamental que ajuda os eleitores dos Estados Unidos no processo.

"Tenho sido muito sortuda em ver tantos de vocês nos meus espetáculos recentes nos EUA. Ouvi as vossas vozes e sei o quão poderosas são. Estejam prontos para as usar nas nossas eleições este ano!", disse a cantora.

O apelo foi ouvido em massa e Nick Morrow, o diretor de comunicação do Vote.org, contou no Twitter (agora X) que o site teve uma média de 13.000 visitantes a cada meia hora após a publicação de Swift. Até ao final de quinta-feira, mais de 35 mil pessoas tinham efetivado o seu recenseamento eleitoral através da plataforma.

Isto implicou um aumento de 22,5% em relação ao mesmo período do ano passado (sendo que a organização tenta promover o recenseamento durante o Dia de Registo Nacional de Voto), e um aumento de 115% nos registos de pessoas com 18 anos, segundo apontam os dados citados pela NBC News.

"Querem saber algo ainda mais louco? Vimos um aumento de 849% em relação a 2021. 849%! A vontade desta geração em participar é um fator de mudança. Eles são o futuro e a sua energia vai influenciar os resultados de eleições futuras", disse Andrea Hailey, CEO da Vote.Org, que descreveu os números como uma "carta de amor" a Taylor Swift por ajudar o site.

De recordar que o recenseamento eleitoral nos EUA não é automático e, em vários estados (especialmente com liderança republicana), pode ser um processo demorado e difícil, implicando documentação muitas vezes inacessível a comunidades mais pobres do país.

A cantora não foi sempre politicamente ativa, mantendo-se afastada da confusão partidária norte-americana até 2018. Nesse ano, nas eleições intercalares a meio do mandato de Donald Trump, Taylor Swift anunciou publicamente o seu apoio ao candidato democrata Phil Bredesen na corrida para o cargo de senador do Tennessee, um estado com o qual tem fortes ligações e com tendências politicamente conservadoras.

Na altura, Swift criticou duramente a candidata republicana pela sua oposição aos direitos da comunidade LGBTI+ e a uma lei que protegia as mulheres contra violência doméstica e sexual.

A campanha acabou por não ser bem sucedida (algo que já era difícil num estado profundamente republicano), mas, em 2020, Taylor Swift voltou a declarar o seu apoio, deste vez a Joe Biden e Kamala Harris.

Leia Também: "Look What You Made Me Do". Filme adiado por causa de Taylor Swift

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