Alemanha e EUA pede entrada de observadores em Nagorno-Karabakh

Os chefes da diplomacia da Alemanha e dos Estados Unidos pediram ao Azerbaijão que permita a entrada de observadores internacionais na região separatista de Nagorno-Karabakh, de onde já fugiram mais de 28 mil refugiados.

Notícia

© Reuters

Lusa
27/09/2023 08:17 ‧ 27/09/2023 por Lusa

Mundo

Nagorno-Karabakh

"Seria um voto de confiança que demonstraria que o Azerbaijão leva a sério os seus compromissos com a segurança e o bem-estar do povo de Nagorno-Karabakh se autorizasse o envio de observadores internacionais", disse hoje a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha.

"Juntamente com os nossos parceiros, trabalharemos com todas as nossas forças para enviar observadores o mais rapidamente possível", afirmou Annalena Baerbock, num comunicado.

Cerca de 28.120 refugiados entraram até agora na Arménia procedentes de Nagorno-Karabakh, onde o Azerbaijão efetuou uma ofensiva relâmpago na semana passada, indicaram na terça-feira as autoridades arménias.

"As crianças, mulheres e homens de Nagorno-Karabakh devem poder permanecer nas suas casas e na sua terra natal em paz e dignidade", defendeu Annalena Baerbock.

A ministra anunciou que a Alemanha aumentará de dois milhões de euros para cinco milhões de euros o montante da ajuda humanitária que será paga ao Comité Internacional da Cruz Vermelha que intervém na região.

Horas antes, também o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pediu ao Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, que permita a entrada de uma missão de observação internacional em Nagorno-Karabakh.

Blinken "instou o Presidente Aliyev a comprometer-se a fornecer uma amnistia ampla e a permitir uma missão de observação internacional em Nagorno-Karabakh, e tomou nota dos compromissos públicos do presidente para ajudar a construir um futuro para todos os habitantes (...) baseado na paz, compreensão e respeito mútuos", disse o porta-voz de Blinken, Matthew Miller, num comunicado.

Além disso, o Secretário de Estado norte-americano insistiu na necessidade de o Azerbaijão não continuar as hostilidades e permitir que a ajuda humanitária chegue à área "sem impedimentos".

Em 24 de setembro, as autoridades da autoproclamada república de Nagorno-Karabakh, que capitulou após a operação militar lançada no dia 19 pelo Azerbaijão, anunciaram que os cidadãos que ficaram sem casa poderiam deslocar-se para a vizinha Arménia se assim o desejassem.

O resto dos cerca de 120.000 habitantes que pretendam deixar a região que será integrada no Azerbaijão poderá fazê-lo após concluída a saída dos deslocados e desalojados, indicou o Centro de Informação da autoproclamada república.

Ilham Aliev prometeu que os direitos das pessoas de Nagorno-Karabakh seriam respeitados, mas o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinian, denunciou que está já a decorrer a "limpeza étnica" daquele território.

Leia Também: Nagorno-Karabakh. As imagens daqueles que fogem para sobreviver

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas