Gabão. PM de transição espera diálogo nacional entre abril e junho

O primeiro-ministro de transição do Gabão disse hoje que esperava a realização de um diálogo nacional "entre abril e junho", quase um mês após um golpe de Estado destituir Ali Bongo Ondimba, que governou o país durante 14 anos.

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Lusa
27/09/2023 16:20 ‧ 27/09/2023 por Lusa

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Gabão

Em 30 de agosto, o exército derrubou Ali Bongo, que estava no poder desde a sua primeira eleição, em 2009, momentos depois de ter sido proclamado reeleito numa eleição considerada fraudulenta pelos militares e pela oposição.

O general Brice Oligui Nguema, proclamado Presidente da transição, prometeu imediatamente devolver o poder aos civis através de eleições no final de um período, cuja duração não anunciou.

Regressado da ONU, onde qualificou o golpe de Estado de 30 de agosto como "o mal menor" para evitar uma "conflagração" face a "mais um bloqueio eleitoral", o chefe do Governo de transição, Raymond Ndong Sima, anunciou hoje, em Libreville, que iria lançar na próxima semana um "apelo às contribuições" de "todas as categorias" da população, como prelúdio da organização de um "diálogo nacional" que espera ver realizado "entre abril e junho".

Jovens, idosos, setor público, setor privado, "todos têm algo a dizer", nomeadamente sobre o tema da revisão do sistema político e das instituições, garantiu em conferência de imprensa, estimando que "serão necessários entre 45 a 60 dias para que as pessoas escrevam um documento sério".

Estas contribuições levarão à produção de uma "síntese" que será a "base de trabalho" para um diálogo nacional, disse Ndong Sima.

Depois disso, "terá de haver uma assembleia constituinte encarregada de redigir uma Constituição que traduza, num texto constitucional, todos os pontos discutidos durante o diálogo", disse Ndong Sima, contactado pela agência AFP.

No que diz respeito à primeira fase de recolha de contributos, não deu um calendário preciso, mas espera propor um documento de síntese "no final de janeiro".

"Se eu tiver 50 contribuições, podemos resumi-las em 30 dias no máximo, se forem 500, lamento, vai demorar um pouco mais", declarou, deixando ao "diálogo nacional" a definição do calendário da transição, mas comprometendo-se a "comunicar em função do volume das contribuições recebidas".

"O meu interesse não é perder tempo e não podemos arrastar-nos num período de transição sob comando militar", afirmou.

Leia Também: EUA suspendem parte da ajuda ao Gabão depois de golpe de Estado

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