A eleição da Miss Zimbabué 2023 está a causar indignação. Brooke Bruk-Jackson, de 21 anos, nasceu e cresceu em Harare, capital do país, contudo, era a única concorrente branca a participar no concurso de beleza, que se realizou a 16 de setembro, e venceu.
Nas redes sociais (e não só) são muitos os que acusam o concurso de "preconceito racial" e "favoritismo", uma vez que 98% da população deste país africano tem pele negra. "Não nos representa", acusam os internautas, citados pelo News Day.
Mas nem só os utilizadores das redes sociais estão revoltados. Tashinga Musara, que estava entre as 25 finalistas, fez uma publicação no Instagram a expor a sua opinião. "Não sou uma má perdedora, mas defendo o que é certo. O concurso Miss Universo Zimbabué é uma farsa. Já tinham a favorita desde o início e permitiram que outras 24 mulheres incríveis desperdiçassem o seu tempo e dinheiro", escreveu a modelo.
Contudo, a organização do evento já realçou que, apesar do tom de pele, "Brooke é do Zimbabué" e que é ela quem vai representar a nação africana no próximo concurso Miss Universo, "ponto final".
A vencedora, entretanto, também já reagiu no Instagram à vitória. "Ganhei esta coroa pelo nosso belo país. Para amar e servir o nosso povo, para representar o Zimbabué internacionalmente, para mostrar ao mundo a singularidade do Zimbabué. Quero ser um exemplo de graça, compreensão e inspiração para a juventude do Zimbabué, para incutir o espírito do ‘ubuntu’ e mostrar-lhes que juntos somos fortes e tudo na vida é possível", escreveu Brooke.
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