Sánchez prevê executivo de esquerda "dentro de pouco tempo"
O líder do Partido Socialista espanhol (PSOE) e primeiro-ministro em funções, Pedro Sánchez, previu hoje que Espanha voltará a ter um governo de esquerda "dentro de pouco tempo".
© Reuters
Mundo Espanha/Governo
Sánchez falava em Madrid, no encerramento das jornadas do grupo socialista no Parlamento Europeu, e disse que nas eleições espanholas de 23 de julho a maioria dos espanhóis derrotou a direita e a extrema-direita e que "a consumação da derrota parlamentar será esta semana" e todos a poderão "contemplar em direto".
O líder do PSOE referia-se à candidatura a primeiro-ministro do presidente do Partido Popular (PP, direita), Alberto Núñez Feijóo, o mais votado nas eleições, mas sem conseguir reunir uma maioria suficiente de apoio no parlamento.
O plenário dos deputados espanhóis já rejeitou numa primeira votação, esta semana, a candidatura de Feijóo e fará uma segunda e definitiva votação na sexta-feira.
"Assim, hoje, mais do que nunca, bem-vindos a um país (...) que se prepara para repetir um governo de coligação progressista dentro de pouco tempo", disse Sánchez, dirigindo-se aos eurodeputados socialistas.
Se se confirmar o fracasso da eleição de Feijóo como primeiro-ministro, pelo parlamento, na sexta-feira, o Rei Felipe VI deverá indicar a seguir um novo candidato ao cargo, com Sánchez a dizer, desde há semanas, que tem condições para reunir os apoios necessários para voltar a liderar um governo de coligação do PSOE com a plataforma de forças de esquerda e extrema-esquerda Somar.
A líder do Somar e ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, deu hoje também por garantido que haverá um novo governo de esquerda em Espanha.
"Dou-lhes a noticia de que vamos ter um novo governo de coligação progressista", disse Yolanda Díaz, aos jornalistas, numa iniciativa da Confederação Europeia de Sindicatos, em Madrid.
Espanha precisa de "um governo já e de agir já", afirmou, dizendo que o PSOE e o Somaar estar a trabalhar nesse sentido.
Nem Pedro Sánchez nem Yolanda Díaz deram mais pormenores ou falaram sobre as negociações com os partidos nacionalistas e independentistas da Galiza, Catalunha e País Basco de cujo voto precisam no parlamento para verem viabilizado um novo governo de esquerda.
A maior exigência é dos independentistas catalães, que pedem uma amnistia para os envolvidos na tentativa de autodeterminação da Catalunha de 2017.
O PSOE não confirma nem desmente a possibilidade da amnistia - que Sánchez rejeitou até às eleições de 23 de julho -, mas deputados do Somar já a defenderam publicamente, nomeadamente na terça e na quarta-feira, durante o debate parlamentar da candidatura de Feijóo a líder do Governo.
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