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Nagorno-Karabakh. Explosão de depósito de combustível faz 170 mortos
Pelo menos 170 pessoas morreram na explosão de um depósito de combustível em Nagorno-Karabakh na segunda-feira, segundo um novo balanço divulgado hoje pelas autoridades locais.
© REUTERS
Mundo Nagorno-Karabakh
"Até ao momento, um total de 170 restos mortais foram encontrados e transferidos para o departamento de medicina forense", informou a polícia local à agência de notícias oficial arménia Armenpress.
O balanço anterior das autoridades de Nagorno-Karabakh contava 70 pessoas mortas na explosão do depósito de combustível em Stepanakert, capital desta região de maioria arménia.
Segundo as informações de hoje da polícia local, os restos mortais serão transportados para a Arménia para identificação através de análise de ADN.
De acordo com a fonte, cerca de 105 pessoas continuam desaparecidas, além dos quase 300 feridos no incidente.
Muitos dos feridos tiveram de ser transportados para a Arménia para tratamento em unidades de queimados.
Cerca de 85 mil habitantes de Nagorno-Karabakh abandonaram as suas casas nesta última semana, o que representa mais de 70% da população que anteriormente habitava este território separatista pertencente ao Azerbaijão, mas de maioria arménia.
O Azerbaijão desencadeou na passada terça-feira uma operação militar de 24 horas neste território azeri de população maioritariamente arménia, que os separatistas disserem ter causado duas centenas de mortos e mais de quatro centenas de feridos.
O enclave do Nagorno-Karabakh, com maioria de população arménia cristã ortodoxa, declarou a independência do Azerbaijão muçulmano após uma guerra no início da década de 1990 que provocou cerca de 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados.
Na sequência deste conflito, foi assinado um cessar-fogo em 1994 e aceite a mediação do Grupo de Minsk (Rússia, França e Estados Unidos), constituído no seio da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), mas as escaramuças armadas continuaram a ser frequentes, e implicaram graves confrontos em 2018.
Cerca de dois anos depois, no outono de 2020, a Arménia e o Azerbaijão enfrentaram-se durante seis semanas pelo controlo do enclave durante uma nova guerra e com pesada derrota arménia, que perdeu uma parte importante dos territórios que controlava há três décadas.
Leia Também: Nagorno-Karabakh. ONU apela a respeito pelos direitos de ex-líder arménio
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