"O Conselho de Segurança condena veementemente o flagrante e crescente ataque de drones, atribuído aos huthis, contra membros das forças armadas do Reino do Bahrein que servem como parte da Coligação Árabe para Apoiar a Legitimidade no Iémen, na fronteira sul da Arábia Saudita, que provocou três mortos e vários feridos e constitui uma grave ameaça ao processo de paz e à estabilidade regional, incluindo no Iémen", diz um comunicado oficial.
Os membros Conselho de Segurança apelaram aos huthis para que acabem com todos os ataques terroristas, reiterando a preocupação com os ataques a infraestruturas civis em cidades na fronteira sul da Arábia Saudita.
O Conselho de Segurança apelou também "a todas as partes para que respeitem as suas obrigações ao abrigo do Direito Internacional", sublinhando que qualquer escalada apenas agravaria o sofrimento da população iemenita.
Nesse sentido, o órgão da ONU cujo mandato é zelar pela manutenção da paz e da segurança internacional reiterou a necessidade de um cessar-fogo sustentável e sublinhou o seu apoio contínuo aos esforços para uma solução política.
Os membros do Conselho reforçaram ainda o seu apoio ao Enviado Especial das Nações Unidas para o Iémen, Hans Grundberg, nos seus esforços para um "acordo político negociado, inclusivo, liderado e de propriedade do Iémen", com base nas resoluções relevantes do próprio órgão da ONU.
O ataque deu-se após a Arábia Saudita ter recebido uma delegação huthi no início deste mês, algo inédito desde que a guerra começou, em setembro de 2014, com o ministro da Defesa saudita, Khaled bin Salman, a afirmar existir um "compromisso de promover o diálogo entre todas as partes para se obter uma solução política global sob a supervisão da ONU", em 20 de setembro.
Os rebeldes huthis, que controlam o norte do Iémen e a capital Sanaa desde 2014, não comentaram o ataque.
A violência no Iémen esmoreceu desde 02 de abril de 2022, dia em que entrou em vigor um cessar-fogo mediado pela ONU, num país que, segundo essa organização internacional, é 'palco' da pior catástrofe humanitária no planeta, com mais de 23 milhões de pessoas a precisarem de ajuda humanitária.
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