"Quero dizer aos nossos aliados, ao povo americano e ao povo da Ucrânia, que podem contar com o nosso apoio. Não abandonaremos a Ucrânia", garantiu o Presidente norte-americano durante um discurso televisionado.
As declarações de Joe Biden acontecem depois de a Ucrânia ter anunciado hoje que está a analisar com a Casa Branca a situação criada pelo Congresso norte-americano que, para evitar a paralisação do Governo, aprovou uma lei de financiamento temporário que não inclui novas ajudas a Kiev.
"O Governo ucraniano está a trabalhar ativamente com os seus aliados americanos para garantir que a nova decisão sobre o orçamento dos EUA, que será tomada nos próximos 45 dias, incluirá novos fundos para ajudar a Ucrânia", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Oleg Nikolenko.
"Esta situação não impedirá que o fluxo de ajuda continue a chegar à Ucrânia", garantiu o porta-voz.
Também o ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, escreveu hoje nas redes sociais que conversou com seu homólogo norte-americano, Lloyd Austin, para discutir a continuação da ajuda militar americana.
"O secretário Austin garantiu-me que o apoio dos EUA à Ucrânia continuará. Os combatentes ucranianos continuarão a ter um forte apoio no campo de batalha", assegurou o ministro.
Os Estados Unidos foram o país que mais ajudou Kiev, com a disponibilização de cerca de 100 mil milhões de euros em ajuda civil e militar, desde Fevereiro de 2022, data de início da invasão russa.
Para evitar a paralisação do funcionamento dos serviços federais, a Câmara de Representantes passou nas últimas horas uma lei que foi aprovada pelo Senado e enviada para o Presidente Joe Biden com uma solução de emergência, que permite o financiamento do Governo por mais 45 dias, até que uma solução mais duradoura permita aumentar os limites do défice.
A medida de emergência adotada pelo Congresso dos EUA, no entanto, exclui a ajuda à Ucrânia em guerra, solicitada pela Casa Branca.
Os congressistas vão agora ponderar um projeto de lei separado de 24 mil milhões de dólares em ajuda militar e humanitária à Ucrânia, que Joe Biden queria ver incluído no orçamento e que pode vir a ser votado nos próximos dias.
Leia Também: Diplomacia da UE reafirma ajuda incondicional à Ucrânia