Segundo a fonte, 278 migrantes que estavam a bordo da embarcação eram homens e entre os passageiros estavam 10 menores. Este é o maior número de migrantes a chegar nas Canárias num único barco.
Os migrantes de origem subsaariana, de acordo com os serviços de emergências, foram atendidos na sua chegada ao porto de La Restinga, na ilha de El Hierro.
Só na terça-feira, a ilha de El Hierro registou meio milhar de chegadas, um número raro para esta pequena ilha, a mais ocidental das Ilhas Canárias.
Espanha, e particularmente o arquipélago das Ilhas Canárias, que se localiza ao largo da costa africana, é um dos principais pontos de entrada de migrantes ilegais na Europa.
As Canárias registaram a chegada de 14.976 migrantes entre 01 de janeiro e 30 de setembro, um aumento de 19,8% face ao mesmo período de 2022, segundo os mais recentes números do Ministério do Interior espanhol.
Nos últimos anos, a rota migratória para as Canárias tem sido particularmente movimentada devido ao reforço dos controlos no mar Mediterrâneo.
As organizações não-governamentais (ONG) relatam regularmente naufrágios mortais - cujo número não oficial, segundo estas, ascende a dezenas, senão centenas de mortes - em águas marroquinas, espanholas ou internacionais.
Desde o início de 2023, 140 migrantes morreram ou desapareceram durante esta travessia do Atlântico, segundo os dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM) divulgados no início de setembro.
A ONG espanhola Caminando Fronteras, que analisa as chamadas de emergência de barcos com migrantes ilegais no mar ou dos seus familiares, referiu que 778 migrantes morreram ou desapareceram nesta rota migratória no primeiro semestre do ano.
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