"Narges Mohammadi estava na minha lista [de possíveis vencedores do galardão]. A sua vitória é uma conquista tremenda para os direitos das mulheres no Irão", afirmou Henrik Urdal.
Para Urdal, as mulheres no Irão "lutam pela igualdade e pela liberdade há gerações e a morte de Mahsa Amini tornou-se um catalisador contra a opressão e a violência".
"A laureada de hoje, injustamente presa em Teerão, envia uma mensagem poderosa aos líderes do Irão que os direitos das mulheres são fundamentais em todo o mundo", sublinhou o diretor do Instituto de Investigação para a Paz.
O Prémio Nobel da Paz foi hoje atribuído à ativista iraniana Narges Mohammadi pela sua "luta das mulheres no Irão contra a opressão", anunciou o Comité Nobel Norueguês.
Segundo o comité, a escolha desta ativista, vice-presidente do Centro de Defensores dos Direitos Humanos, deveu-se também "à sua luta para promover os direitos humanos e a liberdade de todos".
Em 2022, o Nobel da Paz foi atribuído a Ales Bialiatski, da Bielorrússia, e às organizações de defesa dos direitos humanos Memorial, da Rússia, e Centro de Liberdades Civis, da Ucrânia.
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