Roménia promete apoiar Kyiv até à vitória contra invasão russa

A Roménia anunciou hoje, durante a visita a Bucareste do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que apoiará a vizinha Ucrânia "até à vitória" contra a invasão russa.

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© Pier Marco Tacca/Getty Images

Lusa
10/10/2023 19:38 ‧ 10/10/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Numa conferência de imprensa conjunta com Zelensky, o Presidente romeno, Klaus Iohannis, sublinhou que a vitória da Ucrânia é do interesse estratégico do seu país, o que explica o apoio militar e humanitário da Roménia.

Zelensky aproveitou a sua primeira visita ao país para agradecer à Roménia o "apoio militar e humanitário".

"A Roménia forneceu-nos apoio militar e humanitário. Estamos gratos pela sua solidariedade", disse Zelensky após o seu encontro com Iohannis, com quem assinou uma declaração conjunta sobre a cooperação a longo prazo entre os dois países.

Esta foi a primeira vez que a Roménia -- membro da NATO desde 2004 -- admitiu abertamente que apoia militarmente a Ucrânia.

Durante a reunião, Iohannis e Zelensky discutiram a cooperação militar e de segurança no Mar Negro, os direitos dos refugiados ucranianos na Roménia e um corredor de exportação de cereais através da Roménia e da vizinha Moldova.

Zelensky também condenou "os atos terroristas do Hamas em Israel" e acusou a Rússia de apoiar esse grupo islâmico "com armas e palavras".

"Não devemos permitir que a Rússia ou qualquer outra pessoa aterrorize o mundo desenvolvido e civilizado", acrescentou o Presidente ucraniano, que também tem um encontro marcado para hoje com o primeiro-ministro romeno, Marcel Ciolacu.

O discurso planeado de Zelensky no Parlamento romeno foi cancelado, devido a ameaças de um senador ultranacionalista e pró-Rússia de causar "distúrbios sem precedentes" na Câmara.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Ucrânia grata à UEFA por abandonar reintegração de seleções russas

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