Desse total, há "cerca de 1,1 milhões de mulheres, crianças e idosos que atravessaram as fronteiras em circunstâncias muito difíceis", explicou o chefe do gabinete do ACNUR para as regiões do Leste, Corno de África e Grandes Lagos, Mamadou Dian Balde, durante a conferência de imprensa de hoje em Genebra.
O representante do ACNUR acrescentou ainda que a situação é também terrível para quem se desloca internamente.
Pelo menos 200.000 refugiados que tinham sido acolhidos no estado de Cartum foram forçados a deslocar-se novamente para outras partes do país, devido à instabilidade.
"Com a nossa cobertura, chegámos a cerca de um milhão de deslocados internos com serviços de proteção, abrigo e outros fornecimentos, mas não é suficiente", disse.
A agência humanitária denunciou que a emergência humanitária é igualmente grave nos países de acolhimento vizinhos, como o Chade, com mais de 420.000 refugiados sudaneses.
Paralelamente, noutros países, como a República Centro-Africana (RCA), o número de refugiados sudaneses ronda os 20.000, enquanto no Egito as autoridades registam mensalmente 1.000 refugiados sudaneses.
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