"As instituições de segurança relatam um risco crescente de as estruturas sérvias do Kosovo organizarem ataques violentos, culpando a polícia kosovar pela suposta opressão dos sérvios do Kosovo", disse Kurti ao jornal Koha Ditore, com sede em Pristina.
Albin Kurti especificou que se trata de "formações criminosas" patrocinadas pela Sérvia e acredita que o país pretende desestabilizar o território, incitando ao ódio étnico.
O primeiro-ministro kosovar acusou ainda a Sérvia de tratar como heróis nacionais os responsáveis pelo ataque de 24 de setembro no norte do Kosovo, no qual um polícia e três dos agressores foram mortos, e por ter acumulado tropas na fronteira com o Kosovo durante o incidente.
Para Kurti, a libertação pela Sérvia do líder do ataque terrorista de 24 de setembro, Milan Radoicic, apenas um dia depois de ser preso, foi uma mensagem a favor da violência. Milan Radoicic é um político sérvio influente no norte do Kosovo e próximo das autoridades de Belgrado e do Presidente sérvio, Aleksandar Vucic.
O Kosovo, povoado por mais de 95% de albaneses, proclamou a sua independência da Sérvia em 2008, o que a Sérvia não reconhece. Atualmente, cerca de 50.000 sérvios vivem no norte do Kosovo sem reconhecer a independência do país.
A UE, com o apoio dos Estados Unidos, faz a mediação das negociações para que os países normalizem as suas relações, que têm vindo a piorar desde o ano passado.
As tensões entre o Kosovo e a Sérvia têm sido extremamente elevadas desde o ataque de 24 de setembro e a NATO já declarou estar pronta a reforçar a sua presença no Kosovo com o destacamento de 600 soldados britânicos.
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