Professor morre em ataque com arma branca em escola em França
Há ainda registo de dois feridos em estado grave.
© REUTERS / Pascal Rossignol
Mundo França
Um ataque com arma branca, esta sexta-feira, na escola secundária Gambetta à Arras, em Arras, no norte de França, fez pelo menos uma vítima mortal - um professor. O atacante é um jovem russo de origem chechena.
Há ainda registo de dois feridos em estado grave - um agente de segurança e uma professora - avançam os meios de comunicação locais. Nenhum aluno terá sido atingido.
O atacante, avança o Liberation citando fontes policiais, já estava referenciado por "radicalização". Já a France Info e BFM informaram que o agressor era um ex-aluno da escola.
Também de acordo com informações de uma fonte da polícia francesa, o agressor terá gritado 'Allah Akbar' ['Deus é Grande'] durante o ataque.
Gérald Darmanin, o ministro do Interior, publicou uma mensagem na rede social X (antigo Twitter), onde indica que o suspeito do ataque já foi "detido". "Uma operação policial a ter lugar no liceu Gambetta, em Arras. O autor dos fatos foi detido pela polícia", escreveu o governante.
O irmão do atacante, de 17 anos, também foi detido pelas autoridades.
Une opération de police a eu lieu au lycée Gambetta à Arras. L’auteur des faits a été interpellé par la police.
— Gérald DARMANIN (@GDarmanin) October 13, 2023
Nas redes sociais começaram a circular imagens e vídeos do ataque. Nestas, é possível perceber que o atacante entrou no estabelecimento de ensino com uma faca, tendo as pessoas que se encontravam no local tentado defender-se - inclusivamente com cadeiras.
As motivações não são ainda conhecidas.
Ataque em liceu de Arras© Reprodução Snapchat / 7viela
A Assembleia Nacional anunciou que iria suspender o seu trabalho em solidariedade com as vítimas, e o Presidente Emmanuel Macron deve deslocar-se ao local do ataque, que fica na cidade de Arras, no departamento de Pas-de-Calais.
A vice-presidente da Câmara Baixa do Parlamento, Naima Moutchou, disse que a Assembleia Nacional "expressa a sua solidariedade e os seus pensamentos pelas vítimas, pelas suas famílias e pela comunidade educativa ao saber que um professor foi morto e vários outros ficaram feridos".
O ataque acontece cerca de um ano depois do assassínio do professor Samuel Paty, morto em 16 de outubro de 202 nas proximidades da sua escola em Conflans-Sainte-Honorine, na região de Paris, cerca de dez dias depois de ter mostrado caricaturas de Maomé para seus alunos durante uma aula sobre liberdade de expressão.
[Notícia atualizada às 12h34]
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