Muhannad Tutunji, Haitham Abudiab e a equipa árabe da BBC dirigiam-se para um hotel quando o carro foi intercetado, foram arrastados para fora do veículo - marcado com o símbolo da televisão com fita vermelha - revistados e empurrados contra uma parede, informou a própria BBC.
Tutunji e Abudiab defenderam que se identificaram como jornalistas da BBC e mostraram à polícia os cartões de identificação de imprensa.
Enquanto tentava filmar o incidente, Tutunji alegou que o telemóvel foi atirado ao chão e foi atingido no pescoço.
"Uma das nossas equipas árabes da BBC News destacada em Telavive, num veículo claramente identificado como sendo da comunicação social, foi detida e agredida pela polícia israelita ontem [sexta-feira] à noite. Os jornalistas devem poder informar livremente sobre o conflito entre Israel e Gaza", afirmou um porta-voz da BBC.
O grupo islamita Hamas lançou no sábado passado um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está "em guerra" com o Hamas, no poder em Gaza desde 2007 e considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos, UE e Israel, bem como por outros países.
Na sexta-feira, Israel deu um prazo de 24 horas para a retirada de civis do norte da Faixa de Gaza, incluindo a cidade de Gaza, para sul, o que implica a movimentação de mais de 1 milhão de pessoas e sugere uma iminente operação terrestre. O prazo terminou pelas 04:00 (hora em Lisboa).
As autoridades israelitas registaram mais de 1.300 mortos e 3.000 feridos desde o início da ofensiva do Hamas, apoiada pelo Hezbollah libanês e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.
Do lado palestiniano, o Ministério da Saúde confirmou que, em Gaza, os ataques da retaliação israelita fizeram pelo menos 1.799 mortos e mais de 7.000 feridos, tendo também registado 47 mortos e perto de 600 feridos na Cisjordânia.
O exército de Israel indicou que mil combatentes do Hamas foram mortos em confrontos com as forças de segurança em território israelita.
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