Sobe para 2.450 o número de mortos em Gaza
O número de mortos na Faixa de Gaza subiu para 2.450 e o de feridos ascende a 9.200 desde o início dos ataques de retaliação das Forças Armadas israelitas, segundo o Ministério da Saúde local.
© Lusa
Mundo Israel/Palestina
O balanço inclui as vítimas contabilizadas até às 17h45 (15h45 em Lisboa) do dia 15 de outubro. O ministério destacou que, em oito dias, este número supera o número de mortos durante os 51 dias da guerra de 2014.
"Estes crimes contra o nosso povo equivalem a limpeza étnica", considerou o porta-voz do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, Ashraf Al Qudra.
Por outro lado, o ministério alertou que cerca de 70% dos refugiados do norte da Faixa de Gaza -- que Israel ordenou evacuar -- não têm atualmente acesso a cuidados de saúde.
"Setenta por cento da população das regiões de Gaza e do norte de Gaza estão privadas de serviços de saúde para refugiados", denunciou Al Qudra, através das redes sociais da organização em referência à Agência para os Refugiados Palestinianos no Médio Oriente.
Por outro lado, alertou que o pessoal das ambulâncias está a ter enormes dificuldades para transportar novas vítimas dos ataques israelitas devido aos danos nas estradas que levam aos hospitais.
O Ministério da Saúde de Gaza também fez um apelo "urgente" para doações de sangue nos hospitais da região, principalmente no Hospital Al Shifa e outros centros incluídos na Rede de Bancos de Sangue "para doar sangue imediatamente".
As instalações de saúde estão lotadas e até as casas mortuárias não conseguem dar conta do elevado número de mortos, por isso os camiões frigoríficos, normalmente utilizados para o transporte de alimentos congelados e gelados, começam a ser utilizados para armazenar os corpos dos falecidos.
O grupo islamita Hamas lançou no dia 07 um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
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