Uma das luso-israelitas dada como desaparecida, este domingo, terá morrido, revelou ao Notícias ao Minuto a Comunidade Israelita do Porto. Trata-se de Tair Bira, de 21 anos.

Liraz Assulin, de 38 anos, continua "desaparecida" e terá sido "presumivelmente raptada pelo Hamas".

Segundo a mesma fonte, Tair Bira "é filha de Oran Bira (Kasorlla) de família sefardita tradicional do antigo Império Otomano, concretamente nos Balcãs, ex-Jugoslávia, com prática habitual do latino que mistura palavras dos idiomas português, castelhano, turco, grego e hebraico".

Já Liraz Assulin é "filha de Meir Assulin e Rikva Shitrit, de famílias sefarditas tradicionais de Marrocos". "Registos desta família estendem-se pelas comunidades do Norte de África, incluindo no talhão Portugal no cemitério judaico de Rabat, em Tânger", referem ainda.

Revelaram ainda que há, neste momento, outras quatro pessoas luso-israelitas desaparecidas. São eles:

• Idan Shtivi (28 anos);
• Gilad Ben Yehuda (28 anos);
• Moshe Saadyan (26 anos);
• Orin Bira, pai de Tair Bira (53 anos).

Há também um jovem luso-israelita, de 22 anos, que está ferido no hospital Hadassa, em Jerusalém. A vítima foi identificada como Menachem Hillel Ben Kalifa. É filho de Rephael Ben Kalifa, que descende da comunidade sefardita tradicional de Marrocos.

"Nos séculos XIX e XX, elementos desta família regressaram a Portugal, havendo registos dos seus nomes nos cemitérios judaicos de Lisboa e Açores", esclareceu.

Na semana passada, duas luso-israelitas que tinham sido dadas como desaparecidas foram encontradas mortas. Dorin Atias, de 22 anos, e Rotem Neumann, de 25 anos, foram assassinadas pelo grupo Hamas quando se encontravam num festival de música.

Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE). Esta quarta-feira, Netanyahu acordou com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.

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