A agência palestiniana Wafa noticiou que os bombardeamentos israelitas atingiram Rafah e Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, um território de 2,3 milhões de habitantes controlado pelo grupo islamita Hamas.
Pelo menos 28 pessoas, incluindo crianças e mulheres, morreram num ataque a um edifício de cinco andares, enquanto 10 foram mortas numa escola onde se tinham refugiado no bairro japonês de Khan Younis.
Seis pessoas morreram num bombardeamento de uma casa do bairro europeu na mesma zona, disse a Wafa, citada pela agência espanhola EFE.
A cidade de Gaza, no norte, foi também atingida por bombardeamentos israelitas, tendo sido registadas vítimas.
O exército israelita afirmou na terça-feira ter atingido mais de 200 alvos do Hamas na Faixa de Gaza e ter matado membros da organização.
Uma das vítimas, segundo o exército israelita, é Osama Mazini, chefe do Conselho da Shura, o mais alto órgão de decisão política do grupo islamita palestiniano.
Israel bombardeia a Faixa de Gaza há 11 dias, na sequência do ataque surpresa do Hamas contra alvos israelitas em 07 de outubro, que causou a morte de mais de 1.400 pessoas.
Num balanço anterior aos bombardeamentos mais recentes, as autoridades de Gaza disseram que os ataques israelitas mataram mais de 2.800 palestinianos.
Numa outra frente, no norte, o exército israelita disse que frustrou uma tentativa de infiltração a partir do Líbano, num contexto de violência que eclodiu na sequência da guerra entre Israel e o Hamas.
Os militares detetaram "um esquadrão terrorista que tentava infiltrar-se através da vedação de segurança a partir do Líbano e colocar um engenho explosivo".
Quatro dos operacionais foram abatidos, acrescentou o exército num breve comunicado citado pela agência francesa AFP.
Anteriormente, o exército israelita tinha anunciado ataques contra alvos do movimento xiita Hezbollah no Líbano na noite de segunda-feira.
Desde o início da guerra, os confrontos na fronteira israelo-libanesa causaram mais de uma dúzia de mortos do lado libanês, na maioria combatentes, mas também um jornalista da Reuters e dois civis.
Do lado israelita, pelo menos duas pessoas foram mortas.
A comunidade internacional receia uma escalada no conflito entre o Hezbollah, pró-iraniano e aliado do Hamas, e o exército israelita.
Após os confrontos fronteiriços, Israel começou a retirar milhares de habitantes de 28 cidades do norte do país.
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