ONU alerta que número de mortos na Cisjordânia está a aumentar
A ONU avisou hoje que a situação de segurança está a deteriorar-se no território palestiniano ocupado da Cisjordânia, enquanto o mundo se concentra sobretudo na Faixa de Gaza.
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Mundo Israel
Desde o início do conflito em Gaza, em 07 de outubro, "as forças israelitas mataram 73 palestinianos, incluindo 19 crianças" na Cisjordânia, de acordo com o relatório diário das Nações Unidas sobre a situação em ambos os territórios.
De acordo com informações do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, 14 palestinianos foram mortos apenas na quinta-feira, a maioria num ataque de 'drone'.
"A violência dos colonos também aumentou. Seis palestinianos foram mortos (em Nablus e Ramallah) por colonos armados e várias comunidades palestinianas foram forçadas a deixar as suas terras", disse hoje a porta-voz da ONU, Ravina Shamdasani, em Genebra.
"Também se registou um aumento nas detenções arbitrárias de palestinianos na Cisjordânia ocupada e de árabes israelitas em Israel, incluindo ativistas palestinianos e trabalhadores palestinianos que trabalham em Israel, com relatos de maus tratos e falta de processos de garantia. Isso deve terminar", enfatizou.
A porta-voz da ONU disse que, desde o início da guerra entre Israel e o movimento islâmico Hamas, muitos palestinianos na Cisjordânia foram severamente restringidos de circular e foram até impedidos de chegar aos hospitais para receber cuidados médicos vitais.
"É muito importante que todos respeitem os direitos humanos e o direito humanitário internacional. Os princípios da necessidade, distinção, proporcionalidade e precaução no ataque devem ser sempre respeitados", frisou.
A Cisjordânia ocupada está sob controlo da Autoridade Nacional Palestiniana, assim como a Faixa de Gaza, também território palestiniano, controlada pelo movimento islamita Hamas desde 2007.
A proliferação de colonatos judeus ilegais na Cisjordânia ocupada, apoiados por Israel e com os colonos a exigirem a expulsão de todos os palestinianos do território, é considerada pela ONU a maior ameaça à paz na região.
O movimento islâmico Hamas desencadeou no dia 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa".
Após o ataque, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação denominada "Espadas de Ferro". O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou guerra ao Hamas, classificado como movimento terrorista por Israel, Estados Unidos, UE, entre outros.
Desde o início do conflito com Israel já se registaram milhares de mortos e feridos em ambos os territórios.
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