Estas declarações de Biden foram feitas no início de uma reunião na Casa Branca com os presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, por ocasião da 27.ª cimeira entre os Estados Unidos da América (EUA) e a União Europeia (UE).
"Tenho o compromisso dos israelitas e do Presidente egípcio de que a passagem será aberta. Acredito que entre as próximas 24 e 48 horas entrarão os 20 camiões", disse Biden.
O Presidente norte-americano indicou que "a estrada teve de ser repavimentada porque estava em muito mau estado".
Horas antes, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, tinha apelado junto da passagem de Rafah, o único acesso à Faixa de Gaza que não é controlado por Israel, à abertura deste posto fronteiriço para possibilitar a entrada de camiões com ajuda humanitária, que estão retidos há vários dias.
O Governo egípcio reiterou que a passagem estava aberta do lado egípcio, mas do lado palestiniano estava fechada porque, por um lado, não tinha autorização de Israel e, por outro, a estrada foi destruída devido a quatro bombardeamentos israelitas.
Depois de visitar Israel na quarta-feira, Biden anunciou que tinha alcançado um acordo com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e com o Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, para a entrega de ajuda humanitária através da passagem de Rafah.
Pelo menos 4.137 palestinianos foram mortos e mais de 13 mil ficaram feridos nos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza, território controlado pelo Hamas desde 2007, na sequência da guerra que eclodiu em 07 de outubro entre o grupo islamita palestiniano e Israel.
Os bombardeamentos são uma retaliação ao ataque surpresa do Hamas, conduzido em 07 de outubro, que provocou mais de 1.400 mortos e cerca de 4.300 feridos em Israel.
Na mesma altura, o Hamas fez vários reféns, que foram levados para Gaza. O número de reféns do Hamas mantidos em cativeiro no enclave palestiniano foi na quinta-feira revisto em alta, para 203 pessoas, e o Exército israelita indicou hoje que "a maioria está viva".
[Notícia atualizada às 19h20]
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