Hamas anuncia libertação de dois reféns dos EUA após mediação do Qatar
O porta-voz das Brigadas de Al-Qassem, Abu Obeida, anunciou hoje a libertação de dois reféns norte-americanos por "razões humanitárias", após a mediação do Qatar.
© Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images
Mundo Israel/Palestina
As reféns libertadas são mãe e filha, indicou na sua conta da plataforma digital Telegram o porta-voz, cujo grupo é o braço armado do movimento islamita palestiniano Hamas, que protagonizou a 07 de outubro um ataque surpresa a Israel, matando mais de 1.400 pessoas, na maioria civis, e capturando 203, que levou como reféns para a Faixa de Gaza, onde se encontra no poder desde 2007.
Segundo Obeida, este gesto foi decidido para "demonstrar ao povo norte-americano e ao mundo que as afirmações feitas pelo [Presidente dos Estados Unidos, Joe] Biden e seu Governo fascista são falsas e infundadas".
As autoridades israelitas já confirmaram oficialmente a libertação das duas sequestradas, cujas identidades as Brigadas Al-Qassem não revelaram.
No entanto, uma fonte do Hamas citada pela agência de notícias espanhola EFE indicou que as reféns são Judith e Natalie Raanan, de Evanston, nos arredores da cidade de Chicago, no Estado norte-americano do Illinois.
A fonte precisou que o Hamas coordenou com o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) a entrega das duas reféns àquele organismo e que se assegurou de que ambas chegaram a território israelita.
"Da nossa parte, é um passo humanitário claro para demonstrar que o nosso conflito é só com Israel", sublinhou.
O anúncio surge dois dias depois de Biden visitar Israel para demonstrar o apoio "inabalável" dos Estados Unidos e reafirmar o direito dos israelitas a defender-se.
O chefe de Estado norte-americano também comparou o Hamas ao grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) e observou que "as atrocidades" cometidas pelo grupo islamita palestiniano -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- fazem com que o EI pareça mais racional.
Apoiou também a tese de Israel sobre a explosão ocorrida na terça-feira num hospital de Gaza, que aponta como causa o disparo falhado de um 'rocket' pela Jihad Islâmica, cujo destino seria Israel.
Desconhece-se o número exato de reféns com passaporte norte-americano que estão nas mãos do Hamas na Faixa de Gaza.
Atualmente, há 13 cidadãos norte-americanos desaparecidos e cerca de 30 mortos em consequência do ataque surpresa do Hamas a Israel, a 07 de outubro.
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