Israel bombardeia mesquita na Cisjordânia e alega morte de "terroristas"
O exército israelita afirmou hoje que matou "terroristas" que se abrigavam numa passagem subterrânea da mesquita de Al-Ansar, em Jenin, na Cisjordânia ocupada.
© Nasser Ishtayeh/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Mundo Israel/Palestina
"O exército efetuou um ataque aéreo contra um complexo terrorista pertencente aos operacionais do Hamas e da Jihad Islâmica, responsáveis por vários ataques terroristas nos últimos meses e que estavam a organizar um novo ataque terrorista em breve", declarou o exército israelita em comunicado.
O diretor do Crescente Vermelho de Jenin, Mahmoud Al-Saadi, citado pela agência noticiosa oficial palestiniana Wafa, disse que uma pessoa tinha morrido e três outras tinham ficado feridas no ataque.
De acordo com o exército israelita, que levou a cabo a operação em conjunto com os serviços de informação internos de Israel, a mesquita servia de "centro de comando para planear futuros ataques" e de "base para os levar a cabo".
Segundo o exército, a "célula terrorista" organizara um atentado a 14 de outubro, perto da barreira de separação entre Israel e a Cisjordânia, utilizando um engenho explosivo, mas sem causar vítimas.
Dezenas de pessoas foram mortas na Cisjordânia pelo exército israelita ou por habitantes dos colonatos desde 7 de outubro, data do ataque sangrento do movimento islamita Hamas contra Israel a partir da Faixa de Gaza, que fez mais de 1.400 mortos, na sua maioria civis abatidos a tiro, queimados vivos ou mutilados.
O exército israelita anunciou ter encontrado os corpos de 1.500 combatentes do Hamas nas localidades que retomou o controlo após este ataque, o mais mortífero desde a criação de Israel em 1948.
Na Faixa de Gaza, mais de 4.300 pessoas, na sua maioria civis, foram mortas nos bombardeamentos efetuados, em represália, pelo exército israelita, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
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