Conflito sindical na África do Sul reteve centenas de mineiros no subsolo

Os cerca de 500 mineiros sul-africanos que se encontram no subsolo desde segunda-feira, na sequência de um conflito entre sindicatos, regressaram hoje todos à superfície, anunciou a polícia, e quatro feridos estão a ser tratados.

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© MARCO LONGARI/AFP via Getty Images

Lusa
25/10/2023 19:40 ‧ 25/10/2023 por Lusa

Mundo

África do Sul

As origens e as circunstâncias do incidente permanecem pouco claras: a direção da mina de ouro Gold One e um dos dois sindicatos envolvidos, o NUM, afirmam que as centenas de mineiros estavam a ser "mantidos reféns", enquanto o outro sindicato, o AMCU, negou e referiu-se a um protesto voluntário de braços caídos.

Cerca de uma centena de trabalhadores desta mina, situada nos arredores de Joanesburgo, voltaram a subir à superfície hoje de manhã e os outros seguiram o exemplo durante a tarde, segundo a porta-voz da polícia, Brenda Muridili, citada num comunicado.

Brenda Muridili acrescentou que os primeiros a sair disseram ter sido "mantidos contra a sua vontade" no subsolo, pelo que vai ser aberto um inquérito de agressão e rapto.

No total, foram retiradas 562 pessoas, na sua maioria menores de idade, mas também um segurança e paramédicos.

A disputa entre o NUM e o AMCU assenta na representação sindical nesta mina de ouro, onde apenas o NUM, o maior sindicato de mineiros do país, foi até agora oficialmente registado.

O AMCU alega que a esmagadora maioria dos mineiros se inscreveu no seu sindicato, mas ainda não tem representação oficial, o que desencadeou a ação de protesto.

O NUM foi fundado em 1982 pelo atual Presidente da República, Cyril Ramaphosa, um antigo sindicalista.

Durante o regime de segregação racial, 'apartheid', o sindicalismo era a única forma legal de muitas pessoas desenvolverem atividade política.

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