Intervir em terra para atingir grupos terroristas "de forma completamente identificada é uma escolha" que pertence a Israel e que corresponde à definição do direito internacional, disse Macron, aos jornalistas, reiterando o direito de Telavive se defender, "num quadro de respeito pelas populações civis".
"Se for uma intervenção maciça que põe em perigo a vida das populações civis, então penso que é um erro e é um erro também para Israel, porque não é provável que proteja Israel a longo prazo e porque não é compatível com o respeito pelas populações civis, pelo direito humanitário internacional e até pelas regras da guerra", disse o líder francês antes de partir do Cairo, onde se encontrou com o seu homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.
Em declarações conjuntas à imprensa, o Presidente egípcio, por seu lado, apelou a Israel para evitar uma "invasão terrestre de Gaza" porque causaria "um grande número de vítimas civis".
O grupo islamita palestiniano Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
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