Foguete fere seis pessoas em cidade egípcia na fronteira com Israel

Seis pessoas ficaram feridas quando um foguete caiu esta madrugada em Taba, uma cidade egípcia que faz fronteira com Israel, país que desde 07 de outubro está em guerra com o grupo islamita palestiniano Hamas.

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Lusa
27/10/2023 06:20 ‧ 27/10/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Como parte da atual escalada em [a Faixa de] Gaza, um foguete caiu em Taba, causando seis feridos leves", avançou a televisão AlQahera News, próxima da inteligência militar do Egito.

Segundo fontes do hospital de Taba, cinco pacientes tiveram alta após receberem o tratamento necessário, enquanto o pessoal de saúde ainda tentava a tentar estabilizar o sexto paciente.

O projétil atingiu um estacionamento de ambulâncias e um prédio residencial destinado aos médicos de um hospital nesta cidade do Mar Vermelho, localizada na ponta nordeste da península do Sinai e onde existe um posto fronteiriço com Israel, avançou o portal de notícias egípcio Cairo 24.

Imagens divulgadas na imprensa local e nas redes sociais mostram um prédio danificado, rodeado por vários veículos queimados.

A península desértica do Sinai faz fronteira, na ponta noroeste, com a Faixa de Gaza e compartilha uma fronteira norte com Israel.

Uma comissão das forças de segurança egípcias chegou ao local e iniciou uma investigação, acrescentando que, "uma vez determinado o responsável", "todas as opções estarão sobre a mesa" e o Egito "reserva-se o direito a responder no momento apropriado".

O Egito, mediador histórico entre palestinianos e israelitas, detém a única ligação à Faixa de Gaza que não está nas mãos de Israel, a passagem de Rafah, que tem sido usada por enviar ajuda humanitária para o enclave.

Na quinta-feira, num comunicado conjunto, o Egito, a Jordânia, os Emirados Árabes Unidos, o Bahrein, a Arábia Saudita, Omã, o Qatar, o Kuwait, e Marrocos sustentaram que o direito de Israel à defesa "não justifica violações flagrantes do direito internacional".

No domingo, o exército de Israel anunciou que um dos seus tanques tinha disparado "por engano" contra uma posição egípcia nos arredores de Gaza. O Egito confirmou o incidente, bem como as desculpas de Telavive, relatando "ferimentos leves" nas suas fileiras.

O Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo pelo menos 1.400 mortos e 224 reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando e impondo um cerco total ao território, com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os bombardeamentos já mataram mais de 7.000 pessoas, de acordo com o Ministério da Saúde do Hamas.

Leia Também: EUA. Líder da Câmara dos Representantes dá prioridade ao apoio a Israel

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