Hamas descarta nacionalidades específicas para libertar reféns

O movimento islamita palestiniano Hamas afirmou hoje que não fará distinção entre reféns israelitas ou de outras nacionalidades em possíveis libertações futuras, embora, após reuniões nas últimas horas em Moscovo, admita alguma deferência com os "amigos russos".

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© LOUAI BESHARA/AFP via Getty Images

Lusa
27/10/2023 15:53 ‧ 27/10/2023 por Lusa

Mundo

Israel

"Para nós, todos os reféns são israelitas", afirmou um porta-voz do gabinete político do Hamas, Musa Abu Marzuk, em entrevista à agência russa Sputnik, na qual destacou que "a maioria" das pessoas raptadas nos ataques de 7 de outubro têm "alguma outra nacionalidade" além da de Israel.

Abu Marzuk reconheceu que muitos dos países que têm cidadãos sob cativeiro apresentaram algum tipo de pedido, incluindo "amigos russos".

Face à exigência de Moscovo de libertação dos reféns, o porta-voz do Hamas prometeu que o grupo tratará o pedido russo "de uma forma mais positiva e com maior atenção do que outros", tendo em conta "a natureza das relações bilaterais".

Os militantes palestinianos libertaram apenas quatro reféns, enquanto o Exército israelita elevou hoje o número oficial de pessoas detidas na Faixa de Gaza para 229.

Na quinta-feira, as Brigadas de Al-Qassem, braço armado do Hamas, anunciaram a morte de 50 reféns nos bombardeamentos de Israel à Faixa de Gaza, onde o grupo se encontra no poder desde 2007.

Num comunicado, o porta-voz das Brigadas de Al-Qassem, Abu Obeida, limitou-se a informar da morte de 50 reféns israelitas em consequência dos ataques aéreos a Gaza, sem fornecer mais pormenores.

"As Brigadas de Al-Qassem calculam que o número de reféns sionistas mortos na Faixa de Gaza por causa dos bombardeamentos e dos massacres sionistas tenha alcançado perto de 50", indicou o braço armado do Hamas na plataforma digital Telegram, uma afirmação que não foi possível verificar junto de fontes independentes.

O Hamas, que utiliza o termo "sionistas" para designar os israelitas, tinha dado conta de 22 reféns mortos em 16 de outubro.

Segundo dados fornecidos na quarta-feira pelo Governo israelita, mais de metade dos reféns tem passaporte estrangeiro de cerca de 25 países. Entre os sequestrados, há pelo menos 54 pessoas de nacionalidade tailandesa.

O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

Leia Também: Israel. Hamas recusa libertar reféns sem cessar-fogo em Gaza

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