"O ato do Hamas foi terrorista, que não é possível fazer um ataque, matar inocentes, sequestrar gente da forma que eles fizeram, sem medir as consequências do que acontece depois", começou por dizer Lula, no Palácio do Planalto, num encontro organizado para a imprensa local.
"Porque, agora, o que nós temos é a insanidade do primeiro-ministro de Israel querendo acabar com a Faixa de Gaza, se esquecendo que lá não tem só soldado do Hamas, que lá tem mulheres e crianças, que são as grandes vítimas dessa guerra", frisou.
Lula da Silva, que celebra hoje 78 anos, disse ainda que não fará festa de anos porque "o mundo está mais triste".
"Vejo as crianças na Faixa de Gaza, fico com coração partido como ser humano, então não é motivo para fazer festa", afirmou, citado pela Agência Brasil.
Israel intensificou hoje à noite os bombardeamentos e as operações militares dos últimos dias contra Gaza, três semanas depois do ataque do Hamas em território israelita, que já fez milhares de mortos e feridos em ambos os lados.
O chefe de Estado brasileiro defendeu ainda o fim do poder de veto dos cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU.
O Brasil, como presidente rotativo do Conselho, apresentou uma resolução que propunha um cessar-fogo no conflito, vetada pelos Estados Unidos.
"Alguém tem que falar em paz. A nota que o Brasil fez foi aprovada por 12 de 15 votos e duas abstenções. É por isso que queremos acabar com o direto de veto. Achamos que os americanos, os russos, os ingleses, os franceses, os chineses, ninguém deve ter direito de veto", sublinhou.
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