Os Médicos Sem Fronteiras apelaram, este sábado, a um cessar-fogo imediato em Gaza, garantindo que têm "equipas de prontidão prontas a enviar material médico e a entrar" no enclave "assim que a situação o permita".
"Temos equipas de prontidão prontas a enviar material médico e a entrar em Gaza, assim que a situação o permita. Mas se os bombardeamentos continuarem com a intensidade atual, qualquer esforço para aumentar a ajuda médica será inevitavelmente insuficiente", escreveu a organização num comunicado, publicado na rede social X (antigo Twitter).
"Desde 27 de outubro, os bombardeamentos das forças israelitas intensificaram-se a um nível nunca visto até agora: o norte de Gaza está a ser arrasado, enquanto toda a Faixa é atingida e os civis não têm onde se abrigar", acrescentaram.
No comunicado, os Médicos Sem Fronteiras lamentaram ainda que "ações dos líderes mundiais" sejam "demasiado fracas, demasiado lentas".
"Uma resolução não vinculativa das Nações Unidas para um cessar-fogo não contribuiu em nada para travar a violência indiscriminada desencadeada contra um povo indefeso. A comunidade internacional tem de tomar medidas mais fortes para instar Israel a pôr termo ao derramamento de sangue", sublinharam.
We have teams on standby ready to send medical supplies and to enter Gaza, as soon as the situation allows it. But if the bombing continues with the current intensity, any effort to increase medical aid will inevitably fall short.
— MSF International (@MSF) October 28, 2023
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As forças israelitas intensificaram esta madrugada as operações terrestres na Faixa de Gaza em paralelo com os bombardeamentos do enclave que se prolongam desde 7 de outubro, após o ataque do movimento islamita Hamas ao sul de Israel, e avisaram que consideram Gaza com "campo de batalha", recomendando aos civis que abandonem o território.
Desde o início do conflito, foram contabilizados mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos na Faixa de Gaza, a grande maioria civis, dos quais mais de 3.000 são crianças.
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