O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, negou, este sábado, ter sido "avisado das intenções de guerra por parte do Hamas". Numa publicação, na rede social X (antigo Twitter), o governante israelita defendeu que os serviços de segurança "consideraram que o Hamas foi desencorajado".
Segundo Netanyahu, as acusações de que teria sido avisado previamente são "falsas alegações".
"Em nenhuma circunstância e em nenhum momento o primeiro-ministro Netanyahu foi avisado de intenções de guerra por parte do Hamas", lê-se na publicação.
"Pelo contrário, todos os responsáveis pela segurança, incluindo o chefe do Conselho de Segurança e o chefe do Shin Bet [serviço de segurança israelita], consideraram que o Hamas foi desencorajado e se voltou para o colonato", acrescenta.
Na nota, o governante israelita defendeu que essa foi "avaliação que foi apresentada repetidamente" por "todas forças de segurança e pelos serviços secretos, inclusivamente até ao início da guerra".
בניגוד לטענות השקריות:
— Benjamin Netanyahu - בנימין נתניהו (@netanyahu) October 28, 2023
בשום מצב ובשום שלב לא ניתנה התרעה לראש הממשלה נתניהו על כוונות מלחמה מצד החמאס. להיפך, כל גורמי הביטחון, כולל ראש אמ״ן וראש שב״כ, העריכו שהחמאס מורתע ופניו להסדרה. זאת ההערכה שהוגשה פעם אחר פעם לראש הממשלה ולקבינט על ידי כל גורמי הביטחון וקהילת המודיעין,…
Sublinhe-se que, dias após o ataque lançado pelo Hamas contra Israel, a 7 de outubro, o chefe da Comissão dos Negócios Estrangeiros da Câmara dos Representantes, Michael McCaul, afirmou que o Egito avisou Israel sobre os riscos de possíveis atos de violência "três dias antes" do ataque do movimento islamita Hamas.
"Sabemos que o Egito avisou os israelitas, três dias antes, de que um evento do género poderia ocorrer", disse McCaul, após uma reunião no Congresso dos Estados Unidos da América (EUA).
As forças israelitas intensificaram esta madrugada as operações terrestres na Faixa de Gaza em paralelo com os bombardeamentos do enclave que se prolongam desde 7 de outubro, após o ataque do movimento islamita Hamas ao sul de Israel, e avisaram que consideram Gaza com "campo de batalha", recomendando aos civis que abandonem o território.
Desde o início do conflito, foram contabilizados mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos na Faixa de Gaza, a grande maioria civis, dos quais mais de 3.000 são crianças.
Leia Também: "Povo indefeso". Médicos Sem Fronteiras pedem cessar-fogo em Gaza