Investigadores descobrem tatuagem de Jesus com 1.300 anos no Sudão

Esta é apenas a segunda vez que a prática da tatuagem é evidenciada na Núbia medieval.

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© Centro Polaco de Arqueologia Mediterrânica da Universidade de Varsóvia

Notícias ao Minuto
30/10/2023 09:31 ‧ 30/10/2023 por Notícias ao Minuto

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Tatuagem

Uma equipa de investigadores, liderada pelo Centro Polaco de Arqueologia Mediterrânica da Universidade de Varsóvia (PCMA UW), descobriu uma tatuagem religiosa rara, no Sudão. Acredita-se que tenha mais de mil anos.

A descoberta foi efetuada no mosteiro medieval de Ghazali, situado na região de Wadi Abu Dom, no deserto de Bayuda.

A equipa de investigadores esteve neste local entre 2012 e 2018, analisando centenas de sepulturas de quatro cemitérios. A tatuagem em causa, que se acredita ter mais de 1.300 anos, foi encontrada por acaso pelo arqueólogo Kari A. Guilbaulen, no pé direito de um dos indivíduos aqui sepultados.

A tatuagem, refere o ABC, é um cristograma [abreviação ou combinação de letras para o nome de Jesus Cristo], que combina as letras gregas 'chi' e 'rho' para formar uma abreviatura do nome de Cristo, e as letras alfa e ómega, que simbolizam o princípio e o fim na fé cristã.

A inscrição é uma prova da espiritualidade vivida naqueles tempos.

O achado foi saudado pela comunidade arqueológica como uma contribuição rara e valiosa para o conhecimento da Núbia medieval e da sua ligação à religião cristã.

O mosteiro medieval de Ghazali, situado a cerca de 20 quilómetros da moderna cidade de Karima, é conhecido por ser um dos mais bem conservados do Sudão.

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