O porta-voz da Polisário na ONU, Sidi Mohamed Omar, disse hoje que "não é segredo: estamos em guerra, (mesmo que) o Estado ocupante não o queira reconhecer", ao referir-se ao ataque feito no sábado.
Segundo Marrocos, este ataque causou um morto e três feridos, todos civis.
Antes, o representante de Marrocos na ONU, Omar Hilale, assegurou no Conselho de Segurança que os quatro tiros disparados o foram contra um bairro, no qual não há instalações militares.
O ataque de sábado, que demonstraria que a Polisário teria passado a outra fase, ocorreu horas antes de o Conselho de Segurança aprovar na tarde de segunda-feira a renovação do mandato da missão da ONU no Saara (Minurs), até 31 de outubro de 2024.
A EFE noticiou que dos 15 membros, apenas Moçambique e a Federação Russa se abstiveram, com os outros 13 a votarem a favor, porque pretenderam sem sucesso incluir uma menção à missão original da força de paz (um referendo de autodeterminação) e pedir que Marrocos aceite a visita ao território de relatores de ONU sobre direitos humanos.
A Minurso chegou ao Saara Ocidental em 1991 para organizar um referendo sobre a autodeterminação do território, mas 15 anos depois dedica-se simplesmente a verificar um cessar-fogo que esteve em vigor até novembro de 2020.
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