EUA contra "deslocação forçada de palestinianos para fora de Gaza"
Os Estados Unidos não vão apoiar qualquer "deslocação forçada de palestinianos para fora de Gaza", garantiu hoje o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.
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O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca recusou comentar, durante a conferência de imprensa diária, o bombardeamento israelita ocorrido hoje contra o campo de refugiados de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, controlado pelo movimento islamita palestiniano Hamas, que causou a morte de pelo menos 145 civis e várias centenas de feridos, de acordo com fontes hospitalares de Gaza.
"Não vamos reagir a todos os acontecimentos em tempo real, mas reconhecemos certamente que civis ficaram feridos. Milhares de civis foram mortos e infraestruturas foram danificadas por estes ataques aéreos", realçou.
O Exército israelita confirmou ter bombardeado hoje o campo de refugiados de Jabaliya, matando um comandante do Hamas, suspeito de ser um dos responsáveis pelo ataque do movimento palestiniano contra Israel em 07 de outubro.
"A sua eliminação ocorreu como parte de uma grande operação para combater terroristas e infraestruturas terroristas pertencentes ao Batalhão Central de Jabaliya, que assumiu o controlo de edifícios civis na Faixa de Gaza", disse o Exército.
John Kirby frisou ainda, durante a conferência de imprensa, que os Estados Unidos não aceitam "qualquer morte de civis em Gaza".
"São todas trágicas e continuamos a trabalhar e continuaremos a trabalhar com os israelitas para a necessidade de respeitar a vida humana e tentar limitar as vítimas civis", acrescentou.
Questionado por um jornalista se o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, está a fazer o suficiente para proteger a população civil palestiniana, Kirby destacou que há "indicações de que estão a tentar".
Esta convicção é baseada na conversa diária com Israel "sobre os seus objetivos, as suas estratégias e os seus planos", adiantou ainda.
O porta-voz adiantou também que nas últimas 24 horas entraram em Gaza mais 66 camiões com assistência humanitária.
"É uma pequena quantidade em comparação com o que é necessário e vamos continuar a trabalhar muito", vincou Kirby, detalhando que ainda hoje outras "dezenas de camiões" deverão passar a fronteira para Gaza.
Segundo John Kirby, o Presidente dos EUA, Joe Biden, pretende falar hoje com o rei Abdullah da Jordânia "para discutir uma maior cooperação para enfrentar o agravamento da situação humanitária".
O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
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