A Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967, tem sido assolada por uma escalada de violência desde o início da guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque sangrento sem precedentes do movimento islamita em solo israelita a 07 de outubro.
Em El-Bireh, cidade gémea de Ramallah, sede da Autoridade Palestiniana, dois palestinianos de 14 e 24 anos morreram e outros dois ficaram feridos quando o exército israelita abriu fogo em confrontos que eclodiram quando realizava detenções, afirmou o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana, que inicialmente tinha relatado apenas uma morte
Em Qalqiliya, mais a norte, um palestiniano de 19 anos foi morto por disparos de soldados israelitas e outros dois ficaram feridos durante uma incursão do exército, acrescentou o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana.
O exército não comentou imediatamente as incursões.
Um homem israelita foi morto perto da colónia israelita de Einav, no norte da Cisjordânia, depois do seu carro ficar sob tiros palestinianos, de acordo com o exército israelita e Magen David Adom, do serviço de resgate israelita.
"O exército preparou bloqueios de estradas na área e está a perseguir os terroristas", disse o exército num comunicado.
O Ministério da Saúde palestiniano também anunciou hoje a morte de um rapaz palestiniano de 14 anos ferido pelo fogo israelita numa aldeia na área de Nablus.
Durante vários meses, a Cisjordânia foi palco de numerosas operações do exército israelita, abusos por parte de colonos israelitas contra a população palestiniana e ataques palestinianos a colonatos e forças israelitas.
Quase 130 palestinianos foram mortos na Cisjordânia por soldados ou colonos israelitas desde 07 de outubro, de acordo com o Ministério da Saúde palestiniano.
Mais de 1.400 pessoas, a maioria civis, foram mortas em Israel, a maioria durante o ataque surpresa realizado pelo Hamas, de acordo com as autoridades israelitas.
De acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, os bombardeamentos israelitas retaliatórios contra o território palestiniano mataram mais de 9.000 pessoas, a grande maioria civis.
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