Segundo o Alto Representante da UE para a Política Externa, Moscovo abandonou o tratado após meses de "ameaças irresponsáveis" em que chegou, inclusive, a insinuar a possibilidade de voltar a realizar testes com armas atómicas.
Em nome dos 27 Estados-membros da UE, Borrell classificou, num comunicado, o referido tratado como "um instrumento fundamental" em matéria de desarmamento e não-proliferação, entre outras coisas porque abre a porta à monitorização e à criação de ferramentas "credíveis, fiáveis e independentes" que garantam que nenhum país leva a cabo um ensaio nuclear.
"A União Europeia insta a Rússia a respeitar o propósito e os objetivos do tratado", declarou Borrell na sua nota, lamentando o que considerou "um grave passo atrás" por parte de Moscovo, apesar de o tratado tecnicamente não ter entrado em vigor porque vários países que o assinaram na altura não chegaram a ratificá-lo, entre os quais os Estados Unidos.
O chefe da diplomacia comunitária aproveitou a oportunidade para apelar a todos os países que ainda não o ratificaram para que concluam os procedimentos, "sem condições e sem mais demora".
A UE, acrescentou, "continua totalmente empenhada em promover a entrada em vigor e a universalização" do texto, com o objetivo de continuar a avançar para "um mundo livre de testes nucleares".
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