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Polícia acusado da morte de jovem afro-americano declara-se culpado

Um dos cinco agentes da polícia acusados a nível federal pela agressão que levou à morte de um jovem afro-americano em janeiro, em Memphis, no sudeste dos Estados Unidos, declarou-se hoje culpado, revelou o Departamento de Justiça norte-americano.

Polícia acusado da morte de jovem afro-americano declara-se culpado
Notícias ao Minuto

06:40 - 03/11/23 por Lusa

Mundo EUA

O caso da morte de Tyre Nichols, de 29 anos, gerou revolta nos Estados Unidos, obrigando a Casa Branca a reagir, e suscitou receios de revolta, após a divulgação das imagens da detenção, em 07 de janeiro, em Memphis, do jovem afro-americano, espancado por cinco agentes da polícia, também negros.

O vídeo da detenção, divulgado em 27 de janeiro, mostra que os polícias detiveram o jovem, retiraram-no do veículo à força e espancaram-no, pontapeando-o na cabeça, golpeando-o com um cassetete e utilizando ainda uma arma de choque elétrica (taser).

A brutalidade da detenção resultou na morte do jovem afro-americano três dias depois.

Os cinco polícias, que foram despedidos e indiciados pelo Estado do Tennessee, também foram acusados em 12 de setembro, a nível federal, por um grande júri, por quatro acusações.

Um destes, Desmond Mills, 33 anos, declarou-se hoje culpado no tribunal federal de Memphis.

O julgamento dos outros quatro está marcado para 06 de maio de 2024, detalhou o Departamento de Justiça norte-americano, em comunicado.

Desmond Mills declarou-se culpado de duas acusações: uso excessivo de força e tentativa de ocultar os factos, podendo ser condenado a uma pena máxima de 15 anos de prisão.

Os advogados da família de Tyre Nichols, que estão a processar a cidade de Memphis numa ação civil, referiram, em comunicado, que o depoimento de Desmond Mills confirmou as suas acusações, sublinhando que este "não foi um ator individual".

"Continuamos convencidos de que estes agentes, incluindo Mills, agiram sob uma política que não só violou os direitos civis de civis inocentes, mas também causou sofrimento desnecessário a muitas pessoas", frisaram.

Mais de três anos após a morte de George Floyd, que provocou uma onda de emoção global e vastas manifestações antirracistas, os Estados Unidos ainda registam numerosos casos de violência policial.

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