Federico Klein juntou-se a outros apoiantes de Trump num dos episódios mais violentos do motim de 06 de janeiro de 2021, em confrontos com as forças de segurança, tendo agredido repetidamente vários polícias e instado outros manifestantes a juntar-se aos seus esforços para entrar no Capitólio.
A acusação defendeu que Klein "fez um cerco implacável aos polícias" enquanto tentava entrar no Capitólio e impedir o Congresso de certificar a vitória eleitoral do candidato democrata Joe Biden sobre Trump.
Klein, que não testemunhou no seu julgamento, recusou-se a falar perante o tribunal antes de o juiz distrital dos EUA, Trevor McFadden, o sentenciar a cinco anos e 10 meses de prisão.
"As suas ações em 06 de janeiro foram chocantes e flagrantes", sentenciou o juiz, que também condenou Klein a pagar uma multa de cerca de 5.000 dólares (cerca de 4.500 euros) em compensações.
Klein trabalhou no gabinete de Assuntos do Brasil e da América do Sul do Departamento de Estado desde 2017 até renunciar ao cargo em 19 de janeiro de 2021, um dia antes da posse de Joe Biden como Presidente.
Os procuradores disseram que a participação de Klein no motim foi provavelmente motivada pelo desejo de manter o seu cargo, para o qual tinha sido nomeado politicamente pelo Governo de Trump.
O advogado de defesa Stanley Woodward acusou os procuradores de exagerarem o papel de Klein no motim devido à sua ligação política com o Governo de Trump.
Os procuradores tinham recomendado uma pena de 10 anos de prisão para Klein, residente em Alexandria, Virgínia, que tinha 42 anos na época do motim.
Klein foi detido em março de 2021.
Em julho deste ano, o juiz McFadden ouvira depoimentos em julgamento antes de condenar Klein e um co-réu, Steven Cappuccio, por acusações de agressão e outros crimes relacionados com os distúrbios no Capitólio.
Klein e Cappuccio estavam entre os nove réus envolvidos num processo com 53 acusações, das quais Klein foi condenado por 12 acusações, incluindo seis acusações de agressão.
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