"A operação na base aérea de treino de Mianwali, da Força Aérea do Paquistão, foi concluída" afirmou em comunicado o departamento de comunicação do exército paquistanês (ISPR).
A mesma fonte precisou que três dos atacantes foram mortos antes de conseguirem entrar na base, tendo os confrontos continuado com mais seis atacantes a serem encurralados pelas forças de segurança.
O Exército paquistanês não especificou se o ataque causou vítimas mortais entre os elementos da Força Aérea, mas reportou danos em três aeronaves que se encontravam em terra.
"Não houve danos em nenhum dos meios operacionais da Força Aérea do Paquistão, tendo havido danos em três aeronaves não operacionais, já retiradas durante o ataque", afirmou o ISPR que classificou a investida de "ataque terrorista falhado".
O ataque de hoje ocorre num contexto de agravamento da violência no Paquistão e um dia depois de dois atentados terem provocado a morte de cerca de 20 pessoas.
Pelo menos 14 membros das forças de segurança foram mortos na sexta-feira na província do Baluchistão, no sudoeste do país, quando o comboio em que viajavam foi atacado por um grupo de homens armados.
Horas antes, pelo menos cinco pessoas, uma das quais um polícia, morreram e outras 21 ficaram feridas numa explosão causada por uma bomba colocada numa moto estacionada perto de um veículo policial, na província de Khyber Pakhtunkhwa, no noroeste paquistanês.
O aumento da violência no país coincidiu com a chegada ao poder do regime talibã no Afeganistão, em agosto de 2021.
Os talibãs paquistaneses são um grupo separado, mas aliado dos talibãs afegãos, que tomaram o poder quando as tropas dos Estados Unidos e da NATO estavam na fase final da sua retirada.
Desde então, o Paquistão registou um aumento de incidentes terroristas, tendo a situação piorado em dezembro passado, quando o grupo talibã paquistanês anunciou o fim do cessar-fogo alcançado um mês antes com o Governo de Islamabade, a quem acusou de não cumprir os compromissos nas negociações de paz.
Janeiro passado foi o mês mais mortífero deste conflito desde julho de 2018, com pelo menos 134 mortos e 254 feridos em 44 ataques, segundo o Instituto de Estudos de Conflitos e Segurança do país.
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