Blinken está hoje na Jordânia, para conversações com os parceiros árabes dos Estados Unidos, depois de na véspera ter visitado Israel, onde referiu que "é preciso fazer mais" para proteger os civis palestinianos sujeitos a bombardeamentos israelitas desde que o grupo islamita Hamas atacou Israel, em 07 de outubro.
O chefe da diplomacia norte-americana tem estado a discutir "mecanismos urgentes" que permitam "conter a violência, acalmar a retórica e reduzir as tensões regionais", numa altura em que há receios de uma escalada do conflito, segundo aponta o comunicado de imprensa do Departamento de Estado, citado pela AFP.
Por seu lado, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse hoje que está a romper todos os contactos com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, devido às ações do país na Faixa de Gaza.
O comunicado do Departamento de Estado dos EUA não confirma um encontro entre Blinken e Erdogan, ainda que este seja considerado provável pela sua 'entourage'.
Em Ancara, o chefe da diplomacia dos EUA falará também da Ucrânia e da finalização do processo de adesão da Suécia à NATO, que ainda aguarda a conclusão dos trâmites da Turquia para ratificar a entrada do país escandinavo na aliança.
A 07 de outubro, o Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes a território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.
Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.
[Notícia atualizada às 18h13]
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