Homens armados matam 13 estudantes numa escola corânica na Nigéria
Um grupo de homens armados pertencentes a um dos vários grupos criminosos que operam no noroeste e centro da Nigéria mataram 13 alunos de uma escola corânica no estado de Katsina, anunciaram hoje as autoridades locais.
© Reuters
Mundo Nigéria
A região de Katsina, no noroeste do país, é palco de ataques recorrentes de grupos criminosos conhecidos como "bandidos", que saqueiam aldeias, matam e raptam os seus habitantes.
Estes criminosos vivem em acampamentos situados em vastas florestas que atravessam os estados nigerianos de Zamfara, Níger, Katsina e Kaduna, todos eles alvos desde há vários de raptos de grupos de crianças em idade escolar.
Vários homens armados em motas abriram fogo na aldeia de Kusa (distrito de Musawa) por volta das 21h30 de domingo, visando crianças em idade escolar que participavam no festival Mawlid, que celebra o nascimento do Profeta Maomé, disse à agência France-Presse Habibu Abdulkadir, um político do distrito.
"Os bandidos começaram a disparar durante as orações, matando 13 alunos e ferindo outros 20", especificou.
Segundo a mesma fonte, cinco dos feridos receberam tratamentos no hospital de Musawa, enquanto os outros 15, mais gravemente feridos, foram transferidos para Katsina, a 100 quilómetros de distância.
Um porta-voz da polícia confirmou o ataque em Katsina, dando conta de 18 feridos, dois dos quais morreram no hospital devido aos ferimentos.
"Os nossos milicianos locais destacados na aldeia confrontaram os bandidos e obrigaram-nos a fugir", disse Habibu Abdulkadir, que acredita que essa intervenção impediu os homens armados de raptarem outros alunos.
A criminalidade no noroeste da Nigéria tem as suas raízes em conflitos entre pastores nómadas e agricultores sedentários sobre o uso da terra, mas assume agora uma natureza mais ampla.
Em dezembro de 2020, um grupo de homens armados 80 alunos de uma escola corânica que regressavam à sua aldeia de Mahuta depois de terem celebrado o festival Mawlid no distrito vizinho. Os alunos foram entretanto resgatados pela polícia e por residentes locais.
O banditismo e os raptos são apenas alguns dos desafios que se colocam ao presidente nigeriano, Bola Ahmed Tinubu, no poder desde maio e eleito com a promessa de pôr termo à insegurança no país.
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