Em comunicado, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, congratulou-se com o "reforço" da oposição em várias cidades, incluindo a capital, Chisinau.
"E isto aconteceu apesar da campanha de repressão sem precedentes contra a oposição e os meios de comunicação social independentes", acusou Maria Zakharova.
A representante acusou as autoridades moldavas de "intimidar os eleitores" e de "discriminar os candidatos".
Dois dias antes das eleições, o governo pró-europeu desqualificou os candidatos do partido pró-russo Chance, acusado de ter beneficiado de um financiamento secreto da Rússia para a sua campanha.
Os observadores destacados pela Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) lamentaram tanto a "restrição" governamental, em nome do estado de emergência, da "liberdade de expressão e do direito de se apresentar" como a "interferência do exterior".
A Rússia, por seu lado, tem levado a cabo uma vasta campanha de repressão contra os meios de comunicação social independentes, as organizações não-governamentais, os advogados e os opositores, desde o início da sua ofensiva contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Na Moldova, o partido pró-europeu declarou que ficou em primeiro lugar em quase dois terços das regiões, ganhando 240 das quase 900 câmaras municipais.
A segunda volta está prevista para 19 de novembro.
Após a invasão russa do seu grande vizinho ucraniano, a Moldova, que tem uma população de apenas 2,6 milhões de habitantes e continua a ser um dos países mais pobres da Europa, obteve o estatuto de candidato à União Europeia.
Chisinau denuncia regularmente as tentativas da Rússia para desestabilizar o país.
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