Poeta recusa convite da Casa Branca em protesto contra situação em Gaza
Rupi Kaur acusa os EUA e Joe Biden de financiarem a morte de civis no território palestiniano.
© Mauricio Santana/Getty Images
Mundo Israel/Palestina
Rupi Kaur, uma artista canadiana nascida na Índia, foi convidada para uma celebração Diwali na residência oficial do presidente dos EUA, mas recusou por considerar que a administração de Joe Biden está a apoiar o "genocídio de palestinianos" levado a cabo por Israel.
Numa publicação nas redes sociais, a poeta disse que recusará "qualquer convite de uma instituição que apoia o castigo coletivo de civis", pedindo que outras personalidades do sul asiático exijam respostas aos Estados Unidos.
O convite da presidência norte-americana surgiu no âmbito das celebrações Diwali, uma festa religiosa hindu, sendo que a vice-presidente Kamala Harris vai acolher pessoas da diáspora indiana nos Estados Unidos para uma celebração na Casa Branca.
O evento terá lugar no dia 8 de novembro.
I received an invite from the Biden administration for a Diwali event being held by the VP on nov 8. I decline any invitation from an institution that supports the collective punishment of a trapped civilian population—50% of whom are children. pic.twitter.com/J3V5om89Se
— rupi kaur (@rupikaur_) November 6, 2023
Kaur afirmou ainda que ficou "surpreendida que esta administração considera aceitável celebrar o Diwali, uma celebração de justiça sobre falsidade, e conhecimento sobre ignorância", e criticou duramente o presidente, Joe Biden, por recusar apoiar um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
"Como mulher sikh, não vou permitir que a minha aparência seja usada para lavar as ações desta administração", acrescentou a poeta.
Joe Biden tem apoiado incondicionalmente o regime do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, mesmo quando o mundo fica cada vez mais chocado com os bombardeamentos israelitas sobre o enclave palestiniano, matando mais de dez mil palestinianos, incluindo mais de quatro mil crianças.
A Organização das Nações Unidas, através do secretário-geral António Guterres, tem apelado a um cessar-fogo e um aumento da ajuda humanitária a chegar a Gaza, mas Guterres também fez questão de vincar que a crise humanitária na Faixa de Gaza "não surgiu do nada", mas sim num contexto de uma ocupação longa e ilegal do território palestiniano.
Os bombardeamentos israelitas intensificaram-se após o ataque do Hamas do passado dia 7 de outubro, que mataram mais de 1.400 pessoas e fizeram pelo menos 240 reféns.
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