Num vídeo partilhado por uma agência de notícias estatal russa, Putin aparece a ser recebido na noite de quinta-feira pelo ministro da Defesa, Serguei Shoigu, e por Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior, pouco depois de chegar ao quartel-general militar do sul, que fica a menos de 100 quilómetros da fronteira sudeste da Ucrânia.
Os 21 meses de guerra erodiram os recursos militares da Rússia e da Ucrânia e, à medida que o inverno chega, é provável que os combates se transformem numa guerra de atrito, quando os analistas esperam poucas mudanças na linha da frente de mais de 1.000 quilómetros.
Pouco depois da visita de Putin ao quartel-general militar, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, anunciou que a Rússia estava a avançar com os seus objetivos na Ucrânia.
"Na ausência de condições para um acordo político-diplomático, continuamos a operação militar especial", explicou Peskov.
Comentando a promessa do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de que seriam feitos novos avanços por parte das forças de Kiev, Peskov mostrou-se pouco convencido sobre a eficácia das forças comandadas por Kiev.
"Eles deviam perceber que não conseguirão uma vitória no campo de batalha", assegurou Peskov.
No quartel-general militar do sul, Putin viu "novos tipos de equipamento militar" e foi informado sobre o progresso da guerra, disse Peskov, citado pela agência de notícias estatal russa Tass.
Entre o equipamento revelado a Putin, inclui-se um veículo todo-o-terreno fabricado pela China -- o Desertcross 1000-3 -- de acordo com um vídeo partilhado pela agência de notícias estatal russa RIA Novosti.
Putin fez a visita no regresso de uma viagem ao Cazaquistão, onde foi anunciar o reforço dos laços com o país vizinho e principal parceiro económico da Rússia.
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